Tu poderias ter sido simplesmente a número um, para mim,
Se me desses tempo para te demonstrar tudo o que sou,
Mas a tua cabeça não parava,
O teu coração pouco estagnava,
Copo de água agitado,
Agitado pelas tuas trémulas mãos de ansiedade.
Se pudéssemos, ou se calhar se tivéssemos, a capacidade de calcular, a percentagem a que o nosso mundo roda em torno do sol, a lua em torno da nossa Terra, cada planeta em torno do universo, o universo em torno do todo celestial envolvente, se pudéssemos saber, ou descobrir onde acaba o universo,
Descobriríamos que a tua cabeça andaria a anos-luz à frente de todas estas ciências.
Sonhos, sonhos e mais sonhos!
E a realidade ficava sempre para trás.
Sonhos….
Sonhos, sonhos e mais sonhos,
E eu ficava sempre para trás,
Até mesmo quando caminhávamos de mãos dadas na rua,
Era sempre eu que caminhava mais atrás.
Tu poderias ter sido a primeira e ultima mulher da minha vida,
Poderias comigo ter governado o mundo inteiro,
Mas sempre sopraste contra a brisa que eu adorava sentir bater na minha pele,
No meu rosto triste de verdade,
Quantas foram as vezes em que te disse para não sonhares? Porque os sonhos destroem as nossas realidades,
Quantas foras vezes em que peguei nas tuas doces e suaves mãos e te pedi para seres objectiva, realista e nada egoísta?
Mas sempre,
Sempre pensaste que eu é era o imaturo, insensato, a criança,
Mesmo só tu me conhecendo,
Só tu me arrancavas toda a minha autenticidade sem mesmo te aperceberes disso,
Porém a ambição de seres Mulher quando ainda mal adolesceste eras,
Partiu completamente toda a tua vida ao meio,
O sonho permanecia na tua cabeça…
Eu tentava didacticamente, levar-te à razão,
Demonstrar-te que tudo o que chamamos de sonho é ilusão,
Teimosa…
Teimosia teimosa de teimar quando não se tem a certeza de se estar certo…
Quase dois anos a correr contra a minha amada brisa fria,
Deixar de a saborear sob o meu corpo quente,
Só para reconstruir, ou pelo menos tentar reconstruir tudo o que tinhas perdido mesmo antes de te conhecer,
Mas era mais difícil entender-te falando contigo do que quando lia os teus olhos sem saberes como o fazia.
Foram muitos os dias em que sonhámos e que tornámos esses celebres sonhos nos mais preciosos objectivos que tínhamos para as nossas vidas.
Hoje penso se tudo isso foi em vão…
Ou se tem lógica ou razão, para o futuro que nos reserva.
Nisso nem adianta pensar porque nem mesmo os deuses sabem o que é que o futuro nos reserva.
Tanto eu como tu credenciamos o nosso passado junto e só isso mesmo importa….
Aprendemos…