Paro…
Fixo toda a esbelta imagem que predomina mesmo diante de mim,
A natureza, que me rasga o olhar tenro e humilde,
Que me liberta a alma sensata e deixa-me completamente leve.
Trata-se, simplesmente do que a força da natureza cria dentro de nós,
São os ventos serenos da primavera que nos batem na cara levemente,
Que nos fazem sentir liberdade,
É o calor do Verão que deixa os nossos corações excitados e os nossos corpos húmidos,
É tão belo, olhar em redor e poder respirar cada momento único que toda aquela
pulcritude de essência natura nos dá….
É o deitar na relva húmida do inicio do Outono a meio da tarde,
Olhar no céu, ver as nuvens flutuarem suavemente por cima de nós fazendo-nos acreditar
Que a nossa vida poderá ser mesmo assim fácil, tão menos vulnerável e bem mais
objectiva.
É o inverno a entrar retumbante e o frio a instalar-se no nosso quotidiano dramaticamente,
Ensinando-nos a nos defender sozinhos,
A correr contra o vento que empurra a chuva para que a probabilidade de que uma gota de água não caia mesmo na frecha do nosso casaco e se instale nas nossas costas quentes do calor acumulado pelas nossa mais quentes roupas.
Por fim…
Quando o Inverno começa a desaparecer lentamente,
Quando o sol começa a expulsar as nuvens negras e a radiar a Terra,
Aparece magistralmente vindo dos céus um esbelto arco-íris, fazendo com que nos sintamos magia, magia espiritual.
E quando cai a noite, as estrelas já se conseguem ver, parecem estar tão perto das nossas mãos,
Ficamos simplesmente estupefactos, estáticos, vendo e revendo toda aquela aparição celestial,
De repente…
É a feitiçaria de uma estrela candente que rasga o espelho sombrio apenas iluminado por pequenos pontos de luz,
Que acaba com a nossa ilusão ou até mesmo desilusão e nos faz crer que um dia seremos “aquilo” que tanto ambicionamos.
Esta é a verdadeira força da natureza.