Quase no topo dos meus vinte e um anos...
Hoje é o primeiro dia da minha vida,
Volto a renascer...
Sentir o poder...
O poder de agir conscientemente.
Hoje, começo a gatinhar lentamente sobre o chão sujo do Inverno,
Amanha, espero já conseguir dar os meus primeiros passos,
Mesmo que eles sejam frágeis e lentos,
meio tortos envoltos de atormentos.
Sou uma criança...
Uma criança com medo de cair,
E ainda mal, comecei a percorrer cada espaço vazio da Terra.
Ainda nem mesmo sei qual é o meu espaço neste Mundo...
Hoje é o primeiro dia da minha vida,
Onde aprendo e reaprendo como falar,com quem falar e para quem falar,
Volto o meu olhar sobre a sociedade e não sei porquê,
Não me revejo em nenhuma pessoa que caminha abundantemente pelos recantos da cidade,
Será devido ao facto, de ter nascido ainda à pouco?
Ou será um sinal de autenticidade?
Autenticidade não é certamente...
Até porque todos nós temos um "Q" de autênticos,
Autênticos, seres amorosos,
Autênticos, melindrosos,
Autênticos, humanos maravilhosos,
Autênticos, cretinos Monstruosos,
Hoje volto, para reconstruir tudo o que em vinte e um anos deixei pelo caminho,
Principalmente, para voltar a dar ânimo à minha alma, que hà muito tempo deixou de flutuar dentro de mim,
Quero,
Anseio,
Esmagar cada partícula de medo, que ainda predomina em mim,
Torturar tudo aquilo que antes me impedia de ser livre,
Quero, afogar-me no ar mais puro de credibilidade, sinceridade
E mergulhar na felicidade, nadar nela, até me cansar de viver,
De velho ser.
Hoje sou uma criança...
Uma criança com vontade de crescer,
Com todo os poder para aprender,
Hoje sou uma criança...
Na esperança de ser homem sem dar pelo anos passar,
Ser marido, e a minha esposa sempre amar,
Hoje sou uma criança...
Porque o Mundo assim me faz sentir,
Demasiado imaturo...
Hoje é o primeiro dia da minha vida...