Grito…
Nada oiço…
Grito, nada escuto…
Gritos mudos,
Silenciosos…
Pensamentos maliciosos.
Grito no meio da multidão,
Tento expor os meus sentimentos em forma de turbilhão
Ninguém ouve,
Nem mesmo eu oiço…
Tento gritar mais alto,
Falta-me a força,
Da esperança que alguém me oiça
Sinto-me cada vez mais em asfixia,
Não me consigo expressar,
É simplesmente ironia,
Como é possível gritar e não ouvir?
Como é possível sentir e não deixar fluir?
Grito…
Grito…
Na esperança que alguém, um dia me oiça
Que alguém um dia me queira escutar,
Nada, nem ninguém aparece,
Tudo esmorece.
E…
Eu grito...
Grito,
Espero
E…
Grito…
Grito…
Só grito, nada mais consigo fazer,
Porque afinal, ainda tenho medo de morrer.
Esperamos sinceramente que daqui a um ano o nosso blog continue a ser o blog de eleição de alguns dos nosso visitantes e que a cima de tudo, cada leitor que nos visite sinta, deixe fluir toda a sua magia interior.
Também gostaríamos de agradecer todo o apoio e interacção dada por vós.
Do fundo do coração um muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Rita Lopes & José Conceição
Nota-se perfeitamente que anseias uma noite completa de descanso,
Junto-me a ti nesse sono,
Desta vez, sentado numa cadeira bem perto da tua cabecinha,
Dou-te a mão, quero que te sintas segura,
Juntas à minha grande e desleixada mão, a tua quente e fofa face,
Seguras firmemente com as tuas pequenas e singelas mãos, as duas,
Tive logo a sensação de que algo te estava a perturbar…
Deixei-me estar…
Quieto…
Pernoitarei ali até te sentir mais calma e descontraída,
Já tu dormias intensamente e eu continuara no mesmo sítio, exactamente na mesma posição,
A cuidar de ti, a dar-te a mão…
Nada me deixava dormir, eu não queria dormir
Simplesmente almejava, olhar-te, sentir-te…
A meio da noite acordas,
Com sede, boca seca,
Olhas para mim, beijas-me na cara e…
Gentilmente pedes-me um copo de água…
“Vou buscar querida, não te preocupes ”
O que interessava era o facto de estares bem.
Adormecemos novamente, quase em simultâneo,
Não te vejo, não te toco, não te sinto…
Apenas te ouço,
Ouço tudo o que tens dentro de ti,
Tudo…
O que te faz esse efeito de borboleta,
Toda essa ânsia, amargura, por vezes, desespero
Ouço, o teu coração a bater velozmente, cada palpitação, cada suspiro.
Acredito ouvir…
A transformação constante dentro de ti,
A revelação de novos sentimentos de dia para dia, na tua alma descobertos.
Não te vejo, não te toco nem te sinto,
Apenas sonho no poder de te ver, de te tocar e te sentir,
Viajo entre objectivos emocionais, procurando insaciavelmente alcançar a meta final,
O SONHO…
Como tu dizes e muito bem, Sonhos é significado de algo desejado quase inalcançável, impossível,
Quase, não é tudo,
Quase, é possível, quando acreditamos na construção do nosso próprio ser,
O quase, é alcançável quando nós próprios ambicionamos cada objectivo por nós traçados
E é a partir daí que te começo a sentir, que te começo a ver e poder tocar.
Quando tudo dentro de mim, deixa de estar demasiado obstruído,
Eu corro, vou junto ao teu jardim e ajudo-te,
Ajudo-te a plantar novamente esse teu jardim, para que possas todos os dias acordar,
Olhar pela janela, e ver toda aquela beleza por ambos plantada.
A alegria surgir nos teus belos e doces lábios.
Ouço o teu pensamento dizendo:” Não quero mais correr atrás das borboletas, quero apenas ficar sentada entre as flores, para que elas me envolvam!”
É, exactamente esse o meu desejo,
Corro para o teu jardim…
Envolvo os meus braços no teu corpo…
E…
Fico ali junto de ti sossegadamente,
Mas calo-me, não como quando a alma se faz em silêncio,
Em rio, e transborda,
Calo-me como a árvore que se curva ante a inevitabilidade do inverno, como as cores estéreis do deserto, como uma pobre criança abandonada.
Calo-me no silêncio, oco das palavras que não valem a pena serem ditas.
No silêncio estúpido e bestial que permeia a algazarra da multidão,
Calo-me no silêncio inútil do cansaço,
Na impotência do fracasso,
Na raiva calada e dolorida da derrota repetida.
Às vezes calo-me num silêncio feio, deforme, aleijado,
Silêncio que não é beleza nem contemplação, mas ausência.
Calo-me porque a luz não existe, e os ecos fecundos apagam-se.
Calo-me ante a verdade inegável da fraqueza das minhas pernas, de meus dedos enregelados,
Nesse silêncio imóvel e duro, não há esperança possível. Não há amanhã ou ontem, nem vislumbre do caminho
Quando me calo nesse silêncio frio, metálico, demasiado duro, imutável, desesperado,
Já não há versos, nem poesia, a beleza e a fé falecem, serradas pela lâmina impiedosa e misericordiosas de um silêncio morto.
Às vezes calo-me, e tudo se aquieta, em espera.
Silêncio, silêncio. Nada há. Um segundo pairando, imortalizado na eternidade.
Não tempo, não existência, não esperança. Nada há.
Apenas demasiadas confusões emocionais
"Vejo-te dormindo,
Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.
== == Géneros poéticos == Os géneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloquente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do género épico, destaca-se a epopeia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a meta poesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido. O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico. A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com excepção dos épicos, não se baseia num enredo. A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum facto.
"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan.
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
Um dos maiores poetas da nossa história foi Vinicius de Moraes, onde escreveu poesias para crianças a adultos.
E a tentação apodera-se do meu corpo,
Estendo o dedo lentamente, toco-te suavemente,
A tua pele, tão suave, doce, morena, causa-me uma sensação de arrepio na espinha,
Tudo ali, precisamente naquele sítio, estava perfeito…
O silêncio, o movimento calmo de cada gesto teu, deixava-me cada vez mais estupefacto,
Beleza…
Silenciosa beleza era ali transmitida por ti,
Beleza debutante, rara,
Os teus olhos…
Limpos de sinceridade, autenticidade …
Mostrando tudo o que és na verdade…
Eu…
Continuava, ali, parado…
Simplesmente olhando para ti,
Admirando tudo o que naquele momento fazias,
A maneira como te expressavas, ou até mesmo como eu sentia o que querias transluzir,
Na mudez do teu simples, doce corpo…
Magnifica, é a paixão de se ser exactamente como é sem qualquer restrição,
Acreditar na sua beleza e sentir-se bem consigo mesma,
No final…
Baixo a cabeça…
E rasgo-me em serenidade e tudo o que ali me fizeste sentir fica no meu peito guardado para recordação…
Amanhece…
Um dia novo parece querer renascer dentro de mim,
A esperança de que tudo não seja mais o mesmo quotidiano habitual
Permanece…
Caminho no dia de hoje pensando no que virá a cada segundo seguinte,
Em cada passo seguinte…
Continuo…
Com a sensação de que tudo será inquestionavelmente diferente,
Um Rumo…
É por isso que procuro cada vez mais intensamente de dia para dia,
E quando tudo parece estar no caminho mais correcto, mais sensato,
Tudo desvanece…
Novamente …
O dia escurece,
A noite torna-se serrada e nada vejo mesmo perante os meus olhos envidraçados, sem sono,
A inconstância de não saber o que me espera no próximo belo amanhecer do dia
Torna-me cada vez mais um morto vivo …
Sem dormir, sem pensar, nem sequer agir,
É toda esta rotatividade cerebral, toda a rotatividade emocional,
Que me faz cada vez mais, acreditar piamente
Que…
Mesmo lutando frustradamente para que tudo mude, que todos os dias sejam um belo dia de luz perante mim.
O dia de amanha será sempre mais um dia demasiado normal.
CHEGA!
A vida tem os seus altos e baixos, apenas não nos podemos deixar levar pelos momentos menos bons, pois é quando menos esperamos que algo de MUITO bom nos acontece, surpreende, e faz-nos sentir vivos novamente!
O destino...
Marco da vida...
Ponto de encontro e desencontro.
Presença assídua nas nossas horas mais felizes,
Nas horas mais amargas,
O destino...
É como o vento não se vê mas sente-se na pele,
Umas vezes fria de incertezas,
Outras quente de conforto...
É nesse mesmo destino onde nós nos encontramos,
Quando tu te encontras no teu canto pensativa em que eu apareço,
Na esperança de revitalizar o teu espírito, a tua força especial que trazes dentro de ti oculta...
Agarro-te, prendo-te à felicidade por instantes, e por instantes sinto-te emergir em tranquilidade...
O Destino...
Nele aparecem pessoas assim como partem sem dar qualquer sinal,
Outras permanecem junto de nós, Porém a importância da existência de um individuo junto de nós não se resume ao tempo e espaço perante cada situação,
Mas sim, a aparição de alguém, seja quem for, na altura certa, no momento ideal.
Eu apareço...
Não diante de ti...
Mas acredito aparecer transportado pelo vento do destino, criando em ti um novo rumo,
Um rumo onde se salienta a mudança da tua confiança,
Confiança nos outros, mas a cima de tudo, em ti, nas tuas capacidades, no mundo...
Este é o mecanismo do destino...
Um vai e vem de mudanças radicais nas nossas VIDAS...
O DESTINO...
Estou quieta, no meu mundo.
Segura, adormecida em todos os meus momentos.
Chegas, e arrasas com o meu sossego.
Apareceste do nada e sem qualquer importância, mas apareceste e marcaste-me!
Mas...
Porque apareceste? Porque fizeste sentir-me a andar a 200km/h, mesmo não saindo do meu canto? Porque fizeste a minha cabeça andar à roda quando eu me estava a habituar ao silêncio da minha vida? Afina, qual era a tua intenção em me chamares à atençao, para o mundo que me rodeia?
Começo a olhar em meu redor e a pensar que todas as coisas importantes até aqui, começam a ter menos importância.
Quero viver a vida, viver com mais intensidade, deixar que os sentimentos percorram o meu corpo e alma... e é tão bom sentir-me assim...
Sensação estranha, ouvir-te sem mesmo ter apreciado a tua voz.
Pondero se sou eu que navego em sonhos, se és tu que me fazes acreditar na tua existência absoluta diante de mim...
Ou será a falta de um ser maravilhosamente parecido contigo que faz de mim um vulto imaginário?
A procura por essa voz, esse corpo, esse toque especial intensifica-se constantemente...
Verifica-se o desejo irreversível de alcançar algo ainda inexistente, algo ainda não encontrado...
Serás tu,quem eu vejo e desconheço, ou serei eu o desconhecido do teu desejo?