Por vezes dou por mim a pensar em coisas que nem eu própria entendo,
Coisas maiores, que qualquer ser até hoje reconhecido pela ciência,
Até parece que vou enlouquecer,
As perguntas são tantas e as respostas tão poucas ou nenhumas.
Para muitos tudo parece óbvio,
Para mim…
Para mim a existência humana não pode ser apenas isto!
Mas se for…
Se for está tudo mal,
Uma vida a lutar para atingir os nossos objectivos,
Para quê?
De um momento para o outro tudo se vai como se de poeira se tratasse,
Para que tanta inveja, tanta ganância?
Hoje estou aqui, mas…
Mas e amanhã?
Não sei onde estarei amanhã ou o que serei.
Sinto-me tão pequena,
Tão frágil,
Eu sou pequena e frágil,
Eu sou,
Tu és,
Todos somos, mas nem todos o vemos,
Limitamo-nos a viver sob as regras de uma sociedade,
Como se fosse um jogo, onde cada ser é uma peça no seu respectivo lugar.
Para mim não faz sentido,
Para que serve esta vida material?
Faz sentido?
Um dia tudo acaba,
Tudo pelo que lutamos,
Tudo pelo qual sacrificamos afectos, sorrisos,
Tudo pelo qual sacrificamos o corpo e a alma,
Tudo isso pelo qual lutamos para que fosse nosso,
Mas será que não vêm?
Será que não entendem?
Nada,
Nada é realmente nosso.
Continuo a escrever e as palavras parecem não ter sentido,
Tento partilhar o que penso e sinto com alguém,
Mas não sou capaz de iluminar a minha mente para que vejam.
Poderia continuar a escrever,
Mas nunca iram entender,
O que somos nós afinal?
A resposta a esta pergunta é simples,
Nós, nós somos uns pobres ignorantes nesta matéria a que chamamos vida.
A Alma da tua escrita espinha-se no meu ser...
és a maior Raquel,
Vais-me passar a perna...